Os candidatos

História do candidato – Mateus Camargo de Souza

VIDA ESTUDANTIL
Nascido em Cachoeira do Sul em 29 de janeiro de 1950, Mateus Camargo de Souza tem uma trajetória de mais de 40 anos na política nacional. Herdeiro de tradicionais políticos do Rio Grande do Sul, Mateus envolveu-se cedo com a política, atuando nos movimentos estudantis de sua escola. Foi presidente do grêmio estudantil da Escola João Neves da Fontoura, mostrando que já tinha vocação para ocupar um cargo importante.
Quando a Ditadura Militar instalou-se no país e determinou o ato institucional nº 5 (AI5), Mateus, ainda com 17 anos, foi um dos milhares de jovens que saíram as ruas para protestar. Foi calado com tantos outros e perseguido pelos militares. Acabou se exilando no Uruguai, onde escreveu dois livros e estudou Ciências Sociais por dois anos na Universidade de Montevideu.
Retornou ao Brasil em 1976 e concluiu o curso de Ciências Sociais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Em seguida, cursou a faculdade de Jornalismo, um de seus objetivos de infância, na PUC-RS, concluindo a graduação em 1981. Na época, Mateus militava no MDB, único partido de oposição ao governo militar.

O INÍCIO NA VIDA PÚBLICA
No ano seguinte, Mateus ajudou a fundar o Partido Democrático do Povo (PDP), do qual foi o primeiro presidente do diretório municipal de Cachoeira do Sul, onde iniciou sua trajetória na vida pública. No mesmo ano, foi lançado candidato a vereador pelo partido, sendo o mais votado na cidade e eleito pela primeira vez para um cargo público. Em 1984, tornou-se o mais jovem vereador a presidir a Câmara Municipal, aos 34 anos.
Em 1986, confirmando sua ascendência meteórica na política, lançou-se candidato a deputado federal pelo PDP. Com mais de 10 mil votos em sua cidade e outros 18 mil no Estado, elegeu-se, sendo o segundo mais votado do partido. Destacou-se como um dos deputados mais propositores na Legislatura, fazendo uma oposição construtiva ao governo de José Sarney. Acabou reeleito em 1990.
Transferiu seu reduto eleitoral para Porto Alegre e concorreu a Prefeito pelo PDP em 1992, chegando ao segundo turno, numa das mais surpreendentes campanhas já vistas. Acabou derrotado no segundo turno pelo hoje governador do Estado, Tarso Genro. Pesou na derrota a recusa de Mateus do apoio de partidos de ideologia contrária, como o PFL e o PMDB. Voltou para a Câmara e foi reeleito deputado federal em 1994, o mais votado do partido e o 5º mais votado no Estado, com 80 mil votos.

RECONHECIMENTO NACIONAL E ELEIÇÃO A PREFEITO
Com sua oposição contundente ao governo Fernando Henrique Cardoso, Mateus ganhou destaque na mídia nacional. Foi um dos parlamentares a denunciar um esquema de compra de votos que aprovaram a mudança na constituição, permitindo a reeleição de FHC a presidente em 1998. Neste ano, Mateus concorreu ao Senado no Rio Grande do Sul, e sofreu outra dura derrota. Apoiado pelo PT, Mateus perdeu para Pedro Simon (PMDB), numa das mais equilibradas eleições – por pouco mais de 20 mil votos de diferença.
Sem mandato, Mateus foi convidado a assumir a Secretaria Estadual de Planejamento no governo Olívio Dutra. Ficou até 2000, quando licenciou-se para concorrer novamente a Prefeitura de Porto Alegre. Sua atuação no governo o credenciou para fazer uma boa campanha, indo novamente ao segundo turno, desta vez contra Alceu Collares. Mesmo sem o apoio do antigo aliado PT e contestado por ter coligado com partidos de direita, Mateus venceu o pleito e elegeu-se prefeito.
Como prefeito, voltou sua atuação para a política de geração de empregos e atração de novas empresas para a Capital. Recebeu dois prêmios como gestor do ano no Brasil. Reduziu o número de cargos em comissão pela metade (o que lhe custou a perda de partidos aliados) e desenvolveu projetos para melhorar o ensino nas escolas municipais.
Decidiu não concorrer a reeleição, aceitando um cargo no Ministério do Trabalho e Emprego. Ficou apenas seis meses, pois o PDP deixou o Governo Lula, revoltado com o escândalo do Mensalão. Aí, passou a articular sua candidatura ao Governo do Estado. Com o apoio de ex-adversários do PDT, PMDB e PSDB, derrotou Olívio Dutra, ex-aliado, no segundo turno.

O PRIMEIRO GOVERNADOR REELEITO
Com a meta de enxugar a máquina pública, Mateus reduziu em 30% o número de cargos em comissão no estado. Incentivou programas de apoio a agricultura familiar e a geração de empregos. Asfaltou rodovias estaduais que estavam abandonadas e investiu no fortalecimento da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs). Recebeu novos prêmios como gestor do ano e foi o primeiro governador a conseguir a reeleição em 2010, ainda no primeiro turno.
Em seu segundo mandato, Mateus elevou a oferta de emprego no Estado, baixando para menos de 3% o índice de desemprego no RS, o menor da história. Deu uma atenção especial para a metade Sul, considerada a região menos desenvolvida do estado, atraindo grandes indústrias e fechando parcerias com o Governo Federal para a duplicação de rodovias importantes, como a BR 392, que liga Pelotas a Rio Grande. Em 2013, em pré-convenção com mais de 2 mil filiados em São Paulo, lançou-se candidato a presidente da República. Renunciou ao mandato de governador em abril deste ano, e desde então, prepara-se para o pleito de outubro.

MATEUS NAS ELEIÇÕES
1982 – Eleito vereador de Cachoeira do Sul
1986 – Eleito deputado federal
1990 – Reeleito deputado federal
1992 – Derrotado no segundo turno a eleição para Prefeito de Porto Alegre
1994 – Reeleito deputado federal (o mais votado do partido e o quinto no geral)
1998 – Derrotado na eleição para Senador
2000 – Eleito prefeito de Porto Alegre no segundo turno
2006 – Eleito governador do Rio Grande do Sul no segundo turno
2010 – Reeleito governador do RS ainda no primeiro turno

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